Masmorra Cast #37 – Gen Pés Descalços

Depois desse longo hiato de férias, mais um podcast comentando grandes obras da arte sequencial, e poucas delas são tão importantes quanto Gen – Pés Descalços (Hadashi no Gen) publicada originalmente da revista Shonem Jump falamos também das animações produzidas em 1983 e 1986 .

A obra semi biográfica de Keiji Nakazawa  compila vários relatos terríveis do pré e pós ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki.

Aos olhos de Gen conheceremos as histórias de terror e de superação do povo japonês. Como pode a humanidade ser tão desumana?

Eu Angélica Hellish e Marcos Noriega convidamos os amigos Wellington MacGaren do Clarim , Eduardo Cosso do Internet Discada, Dimensão Nerd e Destino PoltronaDouglas Fricke do Blog do Exumador e do Podtrash e também Daniel Volponi nosso colaborador.

Na nova vinheta: áudios de Carlos Reichenbach, Heitor Dhalia, Maurice Legeard e Francoise Guimarães

Agradecimentos aos amigos:

* Lucas Amura pela leitura emocionante do texto escrito por Keiji Nakazawa chamado “Minha Esperança em Gen Pés Descalços” que se encontra na 1ª edição publicada em 2000 pela Conrad.

* Barão do Red Baron Blues Blog e nosso colaborador, sempre nos apoiando com a arte do banner.

* Ao meu filho, Oliver , que participou brevemente e deu o seu depoimento e as impressões deixadas pelas animações.

* A todas as pessoas envolvidas em mais esse projeto do Cine Masmorra.

* E a você caro ouvinte o nosso muito obrigado pela audiência! Comente e divulgue esse podcast.

Disponibilizo abaixo a animação da Madhouse de Gen Pés Descalços e o documentário Clarão, Chuva Negra de 2007 dirigido por Steven Okazaki completos com legendas no Youtube e também os demais trailers dos filmes e animações citados durante a gravação.

No mais, o nosso grande abraço e até o próximo podcast!

Ajude-nos a manter o site doando qualquer quantia! Muito obrigado

Gen Pés Descalços

Clarão Chuva Negra

Citados durante o podcast:

Rapsódia em Agosto – Akira Kurosawa 1991

Hiroshima, Mon Amour – Alain Resnais 1959

Chuva Negra – Shoei Imamura 1989

Above and Beyond – Melvin Frank, Norman Panama 1952

Animação Túmulo dos Vagalumes 1988

Gen Pés Descalços 2 – 1986

Live action de Túmulo dos Vagalumes – 2005

Animação Jin-Roh – The Wolf Brigade 1999

Os Doramas de Gen Pés Descalços e de O Túmulo dos Vagalumes

Os quadros pintados por sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki

Falamos de Clarão, Chuva Negra também nesse podcast


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28 pensamentos sobre “Masmorra Cast #37 – Gen Pés Descalços

  1. Acabei de ouvir o programa e vocês estão de parabéns pelo conteúdo, que é informativo e em certos momentos muito singelo.

    Fiquei pensando sobre meu comentário acima e ele pode ser confundido como a favor da guerra! Quando eu disse que vou ouvir com um sorriso de orelha a orelha, é porque Gen representa muito para mim. Pois quando era mais novo (e influenciado) eu era a favor de guerras, mas tudo isso sem argumento algum.
    E minha visão só mudou quando eu li o primeiro volume de Gen! Já que eu consegui enxergar além e ver o verdadeiro sofrimento causado à uma nação pelos conflitos.
    Como sempre dizemos no Vulgocast: Deveríamos nos enxergar acima de tudo como humanos, sem demarcações por linha geográficas, com interesses, religiões e culturas distintas. Deveríamos nos unir para um bem maior! Concordo que é um tanto utópico, mas mostrando obras como essa para as pessoas, podemos mostrar os efeitos de uma guerra e assim mudar a concepção de cada um!

    Gen é importante para deixar um registro sobre o ocorrido e vocês falaram bem sobre como esse mangá deveria ser distribuído e levado às pessoas para que não se esqueçam do que aconteceu. E olha que não faz tanto tempo assim…

    No terceiro volume que foi relançado pela Conrad ano passado tem um texto de introdução do Jun Ishiko (crítico de mangás e filmes) chamado “A diferença entre caiu e foi lançada”, que exemplifica bem esse ponto:
    […] Hoje em dia os livros escolares trazem cada vez menos referências à bomba atômica. Consequentemente, as crianças têm cada vez menos conhecimento sobre seus efeitos. Numa realidade assim, obras como este mangá exercem importante função. O fato de o autor ter recebido inúmeras cartas enquanto a série era publicada evidencia quanto essas crianças, até então alheias às verdades da guerra, haviam aprendido com a obra. […]
    Hoje em dia, a forma mais comum de se referir ao evento é dizer que a “bomba caiu” em Hiroshima. “Ela caiu” – como se fosse chuva caindo do céu. Praticamente um fenômeno natural. O correto seria dizer “a bomba foi lançada”.

    O texto é bem bacana e é curtinho também. Vale a pena dar uma conferida!
    Parabéns a equipe do Masmorra Cast pelo ótimo programa! Me emocionei aqui. E como disse a Angélica no final do cast, eu também chorei lendo Gen! (Olha o desabafo!! Hehehe)

    Abraços galera e me alonguei mais do que pretendia! Rsrs…!

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  2. Olá masmorrianos,

    assim que vi a vitrine pensei em Hotaru No Haka (Túmulo dos Vagalumes, O) e para minha surpresa o vi mencionado no próprio post.

    Começando a ouvir… em breve retorno com a minha opinião.

    Abraços do amigo King Buddy Holly, eternamente It’s Alive, do Blog Filmes do Pato Morto.

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    • depois de ouvir fica um sentimento em comum,

      a brutalidade do ato, tanto pela barbárie quanto pela inutilidade, faz apenas vermos que não passamos de neandertais com claves maiores. Pelo menos uma faceta dessa terrível parte da história deveria ter servido de lição e sequer isso conseguimos relevar.

      Tive a sorte de ser aluno de um professor a la “Douglas Fricke” que nos deu uma tarefa incomum e inglória: cada um deveria escolher o pior momento da humanidade e retrata-lo da forma que preferisse. Eu acabei escolhendo os ataques de Hiroshima e Nagasaki e foi devido a isso que conheci Barefoot Gen. Apesar do tema insólito uma lição ficou a todos… que apesar dos terríveis erros cometidos pela humanidade no passado (Inquisição, extermínio dos anabatista, guerras santas, escravidão, servidão, campos de concentração, genocídios, etc) esses erros são esquecidos e cometidos novamente.

      Uma indicação é o livro ‘Hiroshima’ compilado a partir de uma reportagem vencedora do Pulitzer de John Hersey.

      abraços do amigo King e continuem com esse trabalho fantástico.

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  3. Pingback: The Dark One Podtrash » Podtrash 101 – Videodrome

  4. Mais um podcast com o padrão CineMasmorra de qualidade, tanto de edição quanto de conteúdo.
    Quando encontramos uma obra com humor involuntário muitos classificam de trash, mas quando encontramos uma com horror involuntário como classificarmos? Assim foi este episódio, difícil ser diferente uma vez que a própria obra discutida trata disso.
    Gen Pés Descalços foi uma das obras mais chocantes que já assisti, o horror da vida real jogado na nossa cara de uma forma ao mesmo tempo lírica e crua, não há muitas concessões, além da imaginação infantil tentando lidar com a tragédia. Essa obra junto com Túmulo dos Vagalumes, me emocionaram e fizeram refletir.
    É certo que não existem heróis nem vilões entre os governos dos países envolvidos todos tem suas parcelas de culpa, mas a população civil é inocente, de modo geral, e o uso de força desproporcional, e até abusiva, das bombas atômicas é um dos maiores crimes do século passado, um genocídio de fato, mas não é tratado como tal pela imprensa, não é difícil elaborar algumas hipóteses para isso.
    Há que se considerar que o golpe que os EUA receberam no 11 de setembro é um arranhão perto do que eles provocaram ao longo do século 20 em tantos outros países, não que os civis norte-americanos mereçam isto, mesmo porque a cultura beligerante deles vivem gerando tantos loucos, como vemos frequentemente nos noticiários de atiradores descontrolados, que às vezes penso que o maior perigo que eles correm está dentro das próprias fronteiras.
    Antes de escrever este comentário tive que ouvir ao menos duas vezes o episódio, para tentar organizar o pensamento e escrever um comentário conciso e coerente, dada a quantidade de informações que vocês passaram, falho miseravelmente, meu comentário está longo, prolixo e desorganizado, seria necessário mais tempo para assimilar todos os pontos de vista que vocês expuseram muito bem. Fica aqui os parabéns ao trabalho de um dos podcasts mais relevantes que conheço, conteúdo para ouvir e ouvir novamente, e compartilhar com tantas pessoas seja possível.

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  5. Gostaria de recomendar um game que saiu em 1998 que se chama “Metal Gear Solid” para Playstation1, um jogo de espionagem cujo o final tem uma mensagem anti-belicista,comovente, alarmante, e o pior de tudo, real sobre bombas nucleares. Nele aponta que até o ano de lançamento do game há em torno de 26000 ogivas nucleares o que daria para ter no minimo umas 400 Hisroshimas. Segue o link com o final do jogo:

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    • Putz, faz muito tempo que não vejo esse final, na época meu inglês era péssimo (melhorou só um pouco de lá pra cá) mas conseguia entender a mensagem, mas ver a legendas com a letra da musica foi foda, com certeza um dos melhores jogos que joguei.

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  6. Olá, Angélica e equipe… adorei esse podcast, pois trata de um anime que gosto muito, apesar de ter me arrancado muitas lágrimas, ao lado de Túmulo dos Vagalumes!
    Não li o mangá do Gen e ainda estou para ver o segundo filme, sem falta. Gostaria de parabenizá-los pelo cuidado e respeito com que abordaram o assunto envolvendo Gen Pés Descalços, pois é um assunto delicado para algumas pessoas, e totalmente desconhecido para outras. É preciso que o que ocorreu no Japão no final da segunda guerra seja constantemente lembrado no mundo, não só pela decisão bárbara tomada pelo governo americano, como também pela postura inconsequente do imperador japonês, para que isso jamais seja repetido.

    Esse cast matou a saudade que estava sentindo de ouvir vocês, ainda por cima pela escolha de uma grande animação como tema. Um grande abraço a todos e obrigado!

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  7. Gostei muito do podcast já conhecia o anime e mangá e achei muito significativa a opinião de todos… fiquei maluco para assistir a Chuva negra, que foi citado mas não achei o DVD para comprar ou alugar em lugar nenhum… alguém tem um link batuta ae?!

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  8. Olá amigas e amigos,

    Como é bom ouvir um podcast de conteúdo, ainda mais quando o tema tem um pouquinho de relação comigo.
    Minha família paterna veio de Hiroshima, 15 anos antes da explosão da bomba, por um “golpe” do destino: o governo japonês sofria com a explosão demográfica e falta de alimentos e por isso incentivava os cidadãos a virem fazer dinheiro aqui no Brasil. Meu avô, um ex-soldado que lutou na guerra Japão-Russia, não tinha muitas opções e a família inteira embarcou para cá.
    Depois da explosão atômica, não sobrou quase nenhum parente vivo…
    Quando morei no Japão, as datas das explosões atômicas ainda eram lembradas com um minuto de silêncio nas principais repartições públicas e escolas, mas nem tudo parava e as pessoas muitas vezes ficavam indiferentes ante ao fato.
    Vocês estão de parabéns por trazer um tema tão importante para nós. Não somente a obra Gen Pés Descalços deveria ser distribuída gratuitamente (ou pelo menos com preços muito melhor acessíveis) ao público como a Angélica citou durante o programa, mas também o podcast de vocês precisa ser encartado na obra para que todos ouçam.
    Vocês deram um exemplo do que é uma boa produção de podcast. Eu me emocionei muito.
    Parabéns a todos!

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  9. Belíssimo podcast! EXcelentes narrações do grande Lucas Amura, e ótimas opiniões sobre a obra e o tema envolvido. Na época que Gen foi lançado pela COnrad, acabei ignorando, porque eu estava na onda do mangá de Dragon Ball. Preciso consertar essa falha de caráter o mais breve possível.

    PS.: Túmulo dos Vagalumes é uma porrada na alma!

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  10. Esse Podcast é praticamente uma obra-prima!

    Tanto o livro como anime, são emocionantes… ganhei o livro em uma promoção do Pipoca e Nanquim, e devorei o livro em algumas semanas à caminho do trabalho… em seguida procurei o anime. Já tinha na mente os documentários citados no podcast.

    A forma como vocês abordaram o tema, com respeito e dignidade, e a própria preocupação com as gerações futuras é sem sombra de dúvida um dos principais objetivos da obra.

    O objetivo primário, como citado, é manter um registro vívido de que essa triste história foi causada por seres humanos.

    Com já dizia um antigo professor que tive, “O maior desafio do ser humano, é ser humano!”

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