Resenha de livro: Almanaque das Drogas de Tarso Araújo

Para quem diz não e para quem diz sim.

A sociedade brasileira tem uma relação confusa e muito mal resolvida com a questão das drogas.

O discurso das autoridades é sempre formado pelos simplórios jargões: “Droga mata; diga não; vamos combater o tráfico” e outras frases de muito efeito e pouco conteúdo.

Pouco se faz para promover um debate que contemple as múltiplas faces da altamente complexa problemática do uso e abuso de drogas, seja ele recreativo, ritual, movido por dependência física ou mera curiosidade.

Enquanto isso, o consumo de álcool, tabaco, maconha e crack aumenta em progressão alarmante entre os jovens, que começam a ter contato com essas substâncias, em muitos casos, antes de chegarem à adolescência. Várias turmas ou tribos elegem o uso de alguma droga como forma de diferênciação das demais . Os tentáculos do tráfico já ultrapassaram a porta das escolas e se movem em seu interior, que era para ser um refúgio seguro.

Os slogans das agências de saúde também não esclarecem questões intrigantes, como onde nasce, e aonde vai desaguar, o caudaloso rio de dinheiro gerado pelo comércio de drogas lícitas e ilícitas; qual a real influência dos grandes narcotraficantes no nosso cenário político ou o que verdadeiramente ocorre com o cérebro de uma pessoa que se injeta coca ou engole uma cápsula de ecstasy.
A forma de abordar e tentar resolver o problema das drogas é outra inesgotável fonte de debate; de um lado os que defendem a descriminalização, a prevenção e o foco na recuperação dos dependentes e, do outro, os que acham que as drogas devem ser combatidas com os fuzis de uma tropa de elite osso duro de roer.

O jornalista Tarso Araújo em seu livro Almanaque das Drogas, lançado este mês pela editora Leya, reúne uma enorme quantidade de informação sobre os temas citados acima e muitos outros relacionados ao drama das drogas , que são analizados de forma sistemática e imparcial, sob os aspectos farmacológicos, históricos, econômicos, sociais e de saúde, além de fazer uma radiografia detalhada de cada uma das principais substâncias alteradoras da consciência, ilegais ou não, mais usadas ao longo do tempo, no Brasil e no mundo.

O estudo nos leva desde o uso de drogas na antiguidade, com propósitos xamânicos, até o mapeamento da organização de um ponto de tráfico no Brasil dos dias de hoje; ficamos sabendo também, por exemplo, quanto é cobrado por certos desembargadores para deferir um pedido de habeas corpus para alguém que foi preso com várias toneladas de entorpecentes.

A rica pesquisa realizada por Tarso é apresentada de forma clara, direta e é apoiada por uma coleção de gráficos, fotos, estatísticas e quadros informativos.
Esclarecimento e desmistificação são as melhores armas de quem é inimigo declarado das drogas e também daqueles que que já visitaram ou ainda visitam os paraísos e infernos artificiais.

Titulo: Almanaque das Drogas
Autor: Tarso Araújo
Editora: Leya
Páginas: 384, ilustrado.

Banner de: Daniel de Assis 

Serpico

“Se estes policiais usassem toda a energia que usam em contravenções para patrulhar a cidade, não existiriam mais crimes em Nova York”

Não se fazem mais bons filmes como antigamente, pelo menos não em hollywood! Nunca havia me interessado muito por filmes antigos (sei que estou usando o termo antigo de uma forma um tanto genérica aqui, a mairia desses filmes são da década de 70 em diante, no caso de Serpico 1973 pra ser preciso), o fato de estar acostumado aos ritmos atuais dos filmes fazia com que eu não me cativasse por esses filmes, achava-os muito longos, demorados. Mas a medida que fui conhecendo atores e diretores, e me interessando por seus trabalhos, passei a aceitar esses filmes, e assim a apreciá-los, e sites como o cinemasmorra e podcasts como a série MASMORRA CLASSIC, bem como as dicas dos colaboradores, leitores e ouvintes são os culpados por eu ter descoberto esses filmes.

Uma noite dessas enquanto “zapeava” os canais, parei na TCM, e me deparei com um Al Pacino barbudo, diferente de qualquer outra forma como eu o conhecia, institivamente deixei ali naquele canal, como peguei o filme pelo meio, deu pra entender que ele era um policial, que trabalhava disfarçado, resolvi assistir até descobrir o nome do filme, descoberto isso, resolvi parar por ali, e ver o filme por completo um outro dia.

Serpico trata de um filme baseado no livro de Peter Maas, também baseado em fatos reais. No filme, acompanhamos a trajetória de um policial honesto Frank Serpico, vivido por Pacino, que tem como principal inimigo os demais policiais de seu departamento, pois são corruptos e tentam o tempo todo corrompê-lo, envolvendo o em seus esquemas, e fazendo com que ele fique sujo, mesmo contra sua própria vontade. Assim ele muda de distrito em distrito, trilhando um intrincado caminho pra descobrir em quem realmente se pode confiar dentro da polícia de Nova York.
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Nova série: Não tenho grana. Mas compenso em imaginação #1 Sandy Collora

“Gente, eu também sei dirigir pô!”

Depois de muita demora e enrolação assisti finalmente um filme recomendado pelo Marcos Noriega em um dos nossos B.P.M.s (não me pergunte qual) o Hunter Prey de 2010.

Realizado por Sandy Collora um designer e escultor, que eu só conhecia de um curta /fan film de 2003 sobre a morte do Batman e que chama a atenção pelo visual muito bem feito dos personagens (Alien, Predador, Coringa) o ritmo legal e eletrizante, o desfecho que você assiste e pensa: ” Pô, ferrou morcego! ”

Como eu dizia, lá vou assistir Hunter Prey sem lá grandes expectativas e sem saber muito do enredo (eu gosto de ser surpreendida) e me deparo com um filme divertido,  interessante, com um ar simpático de baixo orçamento, boas atuações, figurinos criativos (os alienígenas reptilianos são sensacionais!) uma estória que é contada sem pressa, com várias reviravoltas. Enfim, muito divertido!

Não vou nem  falar do quanto eu vibrei quanto apareceram referências óbvias de um filme dos anos 80 que eu simplesmente adoro do cineasta Wolfgang  Petersen, um spin off desse filme com certeza!

A sinopse de Hunter Prey é a seguinte:

Uma nave chamada Prometheus (oh my god!) cai em um planeta desconhecido (essa queda quase não aparece meu filho, tem dinheiro não!) e no ambiente desértico desse planeta logo de cara vemos um tiroteio de 3 soldados contra um exímio atirador. A coisa tá feia e através de seus diálogos ficamos sabendo que estão em perseguição de um fugitivo e que este ocasionou a queda da nave. Ele precisa ser capturado vivo.

Os soldados só tem como suporte a tecnologia de uma inteligencia artificial chamada Clea que dá todas as coordenadas( e uma sacaneada volta e meia) algum armamento e suas roupas de motocross adaptadas!

Nesse planeta o dia dura 33 horas e cada noite dura 5 horas!

Pra piorar o fugitivo não é brinquedo não, ele é esperto e vai fazer os soldados suarem bastante nesse calor de 42 graus, a perseguição vai ser acirrada e muitas vezes parece que vai ser o dia da caça!

Não vou contar muito, acho que o espectador deve tirar suas conclusões a partir daí.

O filme tem uns ângulos muito legais do deserto, um roteiro que deixa vontade de ver outras estórias dos personagens e o diretor faz uma ponta divertidíssima!

Pesquisando mais, fiquei sabendo que ele tem mais um fan trailer chamado World’s Finest de 2004 baseado no quadrinho Batman e Super Homen Os Melhores do Mundo de 1991 da DC Comics.

A aparência de Superman do ator saradão Michael O’Learn remete bastante aos desenhos que Alex Ross fez do homem de aço na maravilhosa hq Paz na Terra cujo roteiro é de Paul Dini.

” Mamãe, o que é aquilo no céu? “

 

Só me resta finalizar o texto aqui dizendo que já sinto uma saudade danada de Sandy Collora e seus projetos pra lá de imaginativos e recomendar pra vocês que assistam sem falta Hunter Prey  pois além de divertido é daquelas produções que  nos fazem lembrar da garra de vários cineastas em começo de carreira que tem muito a dizer e pouca grana pra gastar. Eles devem ter saudade (ou não hahaha)

Enquanto isso, Sandy trabalha em seu estúdio criando bastante e (quem sabe) sonhando em dirigir. Estamos na torcida!

Obrigada ao Marcos por mais essa excelente recomendação e que venha mais!

IMDB

Rotten Tomatoes

 

Le concert (O concerto)

 

Produção franco-russa, de 2010. Direção de Radu Mihăileanu, roteiro dele, Alan-Michel Blanc e Matthew Robbins. Com Mélanie Laurent, François Berléand, Miou-Miou, Alexei Guskov, Dimitri Nazarov.

O filme conta a estória de Andreï Simonovich Filipov, conhecido como “O Maestro”, regente da célebre Orquestra Bolshoi que, durante o governo Brejnev, é coagido a renegar os seus músicos judeus e, negando-se a fazê-lo, vê-se condenado a um destino menor como faxineiro na própria sala de concertos do Bolshoi.

Muitos anos mais tarde, surge uma oportunidade de juntar os antigos músicos, reviver e finalizar a execução de um concerto interrompido há mais de três décadas. Acompanha-se, no filme, a jornada de Filipov (Alexei Guskov) e seu amigo Sasha Grosman (Dimitri Nazarov).

Tomada a decisão de levar a cabo a aventura romanesca a que se propõem, tentam reencontrar os antigos componentes da orquestra regida por Filipov. Ao encontrá-los, têm de convencê-los a tocar determinado concerto de Tschaikovski. E não apenas isso, precisam conseguir recursos para levá-los a Paris.

Ultrapassados todos os obstáculos, chega-se à cena-título. O concerto.

O concerto é um capítulo à parte. Aliás, o concerto é mais um personagem do filme.

É o que move a trama na maior parte da estória. Mesmo sendo ouvido apenas na sequência final, é tão presente durante todo o filme que tudo que o espectador quer é conseguir ouvi-lo integralmente. E quase consegue. Originalmente, dura cerca de 35min., porém o diretor conseguiu encaixá-lo no filme sem mutilar demais a obra.

O resultado supera qualquer expectativa. A mixagem ficou excepcional. Mesmo “cortando” praticamente todo o segundo movimento do concerto, o produto final guardou toda a força e a potência da melodia. Bastante corajosa a opção do diretor de deixar a música tocando ininterruptamente durante os quase 13 minutos da cena do concerto.

Conseguiu manter a atenção do público alternando a execução da orquestra com cenas do passado e do futuro dos músicos, além de uma narração em off esclarecendo alguns “mistérios” da estória.

E o final é tão arrebatador que o impulso do espectador, ao seu término, é levantar do sofá e aplaudir junto com a plateia do teatro.

IMDB
Site oficial

Trailer Dublado

Texto de Cristine Tellier – Conheça seu blog aqui!

Masmorra Cast Especial Dia dos Namorados – Quando o amor se transforma em horror!

Voltamos com o nosso querido Masmorra Cast!

E nesse Dia dos Namorados trouxemos alguns filmes que representam certos aspectos bem interessantes do amor:

A loucura, a obsessão, o sangue nos zóio!

Saiba o que Demétrius, o ” Anjo Negro”e  Douglas o “Exumador” do Podtrash, junto com  Angélica Hellish e Marcos Noriega tem a recomendar nessa data tão romântica!

* Escute o podcast até o final pra conhecer um causo  real de amor que não deu certo!

* Podcast de Dia dos Namorados com Ock Tock e Vana Medeiros

Banner: Barão

Edição: Angélica

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Game of Thrones #10 – Season Finale! “Valar Morghulis”

Digam: “Valar Morghulis” !

Chegamos no último episódio de Guerra dos Tronos!

E Lady Hellish de Brunette chamou o Anão da Espada Grande e Cara Cortada, Lorde Gordo do Sul do Estação Podcast, O Rei Grifo do Grifonosso Podcast e O Velho Urso do Game of Thrones BR.

Podcast com sabor de despedida!

Comentem conosco o que acharam da segunda temporada!

Agradecemos a todos que tornaram esse projeto possível:

Daniel de Assis – Banners

Lucas Amura – Áudio da vinheta – Clique aqui para conhecer seu Portfolio Profissional

Gunfree –  Podtrash – Efeitos Sonoros

Aos convidados:

Ian Ricardo : Podcast DM’s Dirty Talk – Terceira Terra

Fábio Fernandes: The Cogsmith (Blog em inglês sobre Ficção Científica)

TremyenPodtrash e o Blog pessoal

Kell BonassoliGarotas CPBrTelha CastCruzador Fantasma

Caco, Ana, Rafael e LidianyGame of Thrones BR

E todos vocês, ouvintes e leitores que nos acompanharam nesse projeto e que incentivaram divulgando, comentando…

Continuem conosco, ouvindo nossos podcasts de cinema!

Muito obrigado a todos que ajudaram com suas doações! Sua ajuda é importante para a manutenção do Cine Masmorra! Nossa equipe agradece!

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Farrazine #26

É isso aí, senhoras e senhores, estamos de volta!! E cheio de novidades…

Lembra de quando as revistas em quadrinhos eram feitas em formatinho? Pois é nosso farrazine agora vem nesse formato, o que muda pra você? Absolutamente nada! É apenas mais um modo que encontramos pra homenagear os velhos tempos.
Falando em velhos tempos, após um looooongo hiato, estamos de volta com nossa querida revista, agradecemos a todos os leitores e amigos ( e inimigos também), muitos ficaram na torcida na expectativa, querendo saber o que tinha acontecido com o Farrazine. Pois aqui está ele!

Com essa capa maravilhosa desenhada pela Paloma Diniz (ela merece ou não parabéns) ao meu ver é uma das capas mais bonitas que o farrazine já teve.

Nesta esperada edição de outono, temos: Direto do Quadrinhos na Sargeta: Silêncio Inumano; O Rafael Páros entrou na briga para saber Quem vence: O Reino do Amanhã Contra Terra X ; Os amigos Felipe Moreno e Herick Zerunian trazem pra gente a hq Fossa das Almas.

Nesta edição nós homenageamos o Millôr Fernandes e o Al Rio… a Paloma esteve no evento Gibi Mais, e trouxe suas impressões pra gente.

E ainda, mantendo a tradição, entrevistamos o desenhista Brão Barbosa. Você vai poder conferir a continuação de “Buraco Negro” de Pablo Grilo.

E muitas outras novidades!

Não perca tempo e acesse o Farrazine clicando aqui!

 

Game of Thrones #9 – Blackwater

Na reta final de Guerra dos Tronos.

E que venha a batalha!

Lady Hellish de Brunette eterna guardiã das masmorras de Winterfell, chamou seus amigos Anão da Espada Grande e Mente Afiada, Lorde Gordo do Sul do Estação Podcast, O Rei Grifo do Grifonosso Podcast e Ian das Terras Geladas do DM’s Dirty Talk para falar desse sensacional episódio permeado por grandes cenas de luta, fogo-vivo explodindo geral e tagarelice de Rainha bêbada!

Junte-se a nós e comente aqui as suas impressões.

Ansiedade galera, semana que vem já é a season finale!

Banner de Daniel de Assis

* E nossa campanha deu certo! O Ian Ricardo participou no Lagcast Connection cujo tema foi Impostos Sobre a Venda Online de Games, confira lá!

 

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